terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Aumento de pregadores, diminuição da palavra?


AUMENTO DE PREGADORES, DIMINUIÇÃO DA PALAVRA?

pregador
Por Samuel Torralbo
Lembro-me, na minha infância, que pregadores do evangelho que viviam em tempo integral para o ministério era uma raridade. Trago em minha memória o que significava receber um pregador desses na igreja em que congregava, normalmente eram referências de homens de muita oração, santidade, piedade, palavra, integridade e compromisso com Deus. Naquela época, ninguém queria ser pregador, porque significava sofrimento, perseguição, contradição, escassez e padecimento pela causa do evangelho. As coisas mudaram drasticamente de alguns anos pra cá. Mudou, porque hoje para muitos, o oficio da pregação se tornou status, meio de vida, glamour, e autopromoção pessoal.
Mudou, porque a dez anos atrás no meio evangélico (pentecostal) um pregador de sucesso era aquele que orava com disciplina, pregava com verdade, imparcialidade e integridade. Sua vida privada quando descoberta revelava idoneidade, fidelidade, santidade e entrega devocional a Deus. Hoje lamentavelmente o modelo de sucesso para muitos, são pregadores playboys, milionários, com dezenas de carros, retocados com lipoaspiração e plásticas faciais. É triste o cenário.
Não é difícil identificar esses “modelitos” ambulantes em muitos púlpitos pelo Brasil, com os mesmos estereótipos, jargões, heresias, lascívia, mentira, visando unicamente o beneficio do seu próprio ventre.
Em conluio com essa classe de lobos, que ultimamente nem se preocupam tanto em se disfarçarem de ovelhas, encontra-se uma liderança avarenta, materialista e carnal. Dividem oferta, negociam o povo, vendem amuletos, promovem campanhas incabíveis, e manipulam o sagrado.
A teologia deles é a do ventre, de modo que, censuram aqueles que estudam a bíblia e possuem uma fé ortodoxa, banalizam os fundamentos hermenêuticos da interpretação bíblica, fazendo do texto sagrado uma formula mágica e mística descontextualizada.
Meu lamento não é maior porque sei que este modelo desafeiçoado e corrupto tem prazo para acabar. Daqui a pouco Jesus entra no templo e expulsa novamente esses cambistas, comerciantes e vendedores da religião. Aos poucos as pessoas vão se cansando e despertando para a realidade e assim discernindo o engano. Minha alegria em contraposição deste cenário é observar uma sutil, mas real e crescente fome por muitos cristãos pela autentica palavra de Deus.
É verdade que o aumento da comercialização, banalização, e toda sorte de agressão ao verdadeiro evangelho de Cristo é um fato na pós modernidade, mas também é perceptível o aumento principalmente de lideres (jovens) comprometidos com os fundamentos da fé crista.
Espero em breve assistir, a falência dos charlatões da religião, enquanto vejo o povo de Deus clamando como Israel fez no retorno do cativeiro: “Tragam o livro” (Ne 8.1)
Acredito que, ainda na minha geração verei um reavivamento no púlpito, onde as escrituras será o modelo desejado por todos. Onde, os televangelistas não serão vendedores de campanhas consagradas, óleos ungidos, livros com mágicas evangélicas, mas pregarão o arrependimento dos pecados, a salvação e a esperança da glória em Cristo. E por fim, o crescimento da igreja e da propagação do evangelho serão sentidos com o crescimento do anúncio das escrituras sagradas.
Oração: Perdoa-nos Senhor, e torna-nos a dar um coração reto e puro, que haja em nós o mesmo sentimento que existiu em Cristo Jesus, a mesma chamada que ardeu em Paulo, e a mesma entrega que existiu nos profetas. Amém
***
Samuel Torralbo é pastor, pregador e colaborador no Púlpito Cristão

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Mensagem





Carlos Moreira

Já experimentei muita frustração na vida. Não raras vezes senti aquele azedume na boca, tive a sensação de ser sufocado por algo que me sobreveio com o propósito de roubar-me o fôlego, suspender-me do chão da existência e deixar-me dependurado entre o nada e o quase... Mas eu sou teimoso, nunca canso de tentar ser! Henry Ford afirmou: "há mais pessoas que desistem, do que pessoas que fracassam!".

Eu sempre acreditei que Deus prefere o desconsolado sincero ao que falsamente se veste de alegria. É por isso que na parábola dos dois filhos mandados ao campo, contada por Jesus, apenas o que disse que não ia, e foi, trouxe alegria ao coração do Pai. Esteja certo, o lamento sincero é melhor do que a oração falsa, ou, como bem citou Clarice Lispector, "antes o sofrimento legítimo do que o prazer forçado".

A verdade é que eu acho que, às vezes, Deus teima em ser do contra. Talvez isso nunca tenha acontecido com você, mas, comigo, tem sido recorrente. Lembro de Jeremias, no capítulo 1, ouvindo Deus falar: "Eu hoje dou a você autoridade sobre nações, para arrancar, despedaçar, arruinar e destruir; para edificar e para plantar". Alguns anos mais tarde, todavia, já carregado de dores e de perdas, com os cômodos da alma cheios de sombras e cinzas, tendo encarnado em si mesmo a aridez de existir, o profeta, no capítulo 20, diz ao Todo Poderoso: "você me enganou, eu fui enganado!".  

Sei bem o que é isso... Houve muitos momentos em que, prestes a realizar algo, senti como se uma serra "amputasse" minhas pernas. Já "morri na praia" muitas vezes! Dei voltas e voltas ao redor do mundo mas, quando fui ver, sequer havia saído do lugar. Sim, já tive muitos dos meus sonhos despedaçados e, por vezes, engoli a seco o choro que escorreu pela face. Já tive de abandonar, de desistir, deixar ir, deixar pra lá, deixar partir. Quando Deus cisma, meu "mano", quando Deus "embirra", quando diz "não!", creia-me, não há nada que possa ser feito; a porta se fecha pelo lado de fora e ninguém é capaz de abri-la.

Foi assim com Moisés, servo do Senhor, que durante 40 anos peregrinou com o povo de Israel pelo deserto. Quando toda aquela geração morreu, sobrando apenas Josué e Calebe, Moisés inocentemente achou que iria possuir a Terra de Canaã, imaginou que alcançaria a promessa feita aos Patriarcas, erroneamente concluiu que o esforço de toda uma vida seria, enfim, justificado. Mas Deus tinha outros planos! "Moisés, para você termina aqui! Veja os campos de longe, contemple com seus olhos, pois você ali não entrará. Sim, você morrerá aqui, neste monte, mas jamais porá seus pés na Terra Prometida".

Deus diz não! Não sei por que, não sei pra que, mas sei que diz! Diz não quando a gente mais quer algo, quando a gente está quase tocando aquilo que é nosso mais profundo desejo. E esse não, desgraçadamente, acontece quando menos esperamos, quando, sequer, para ele nos preparamos. Mas isto é maravilhoso! Sim, é estarrecedor saber que esse Deus tem de fato o controle de todas as coisas: quando quer, diz sim. Quando não quer, diz não! E pasmem: seja o que for, funciona do jeitinho que Ele determinou.

Quero lhe confessar algo, com coração compungido: a vida é mesmo mais feita de não do que de sim. Certo estava o "poetinha" ao afirmar: "
o sofrimento é o intervalo entre duas felicidades".

Recentemente, num aconselhamento pastoral, alguém me perguntou: "pastor, quando é que Deus diz não?". Eu pensei, pensei, e respondi: "Deus diz não quando você está disposto a obedecer!". Em seguida, complementei: "e olhe, é só nesta circunstância que Ele assim faz, pois, se você não está determinado a isto, pouco importa o que vai ser dito, não é mesmo?". Agora, eu é que lhe pergunto: é ou não é?...


Carlos Moreira é co-Editor do Genizah




domingo, 15 de janeiro de 2012

Mensagem

divulgação: Pr José Mauro




Pastor Pedrão


Um hino muito bonito das antigas (meu tempo) dizia no seu refrão:


Tudo entregarei!
Tudo entregarei!
Sim, por ti, Jesus bendito,
Tudo deixarei!

Hoje as coisas mudaram, ao invés do TUDO ENTREGAREI o que se canta e o que se fala é TUDO QUERO RECEBER ou O QUE RECEBEREI. Os tempos são outros, mas Deus é o mesmo. O amor mudou, a sinceridade mudou, as amizades mudaram, o compromisso mudou.

Será que nos dias atuais, se existisse uma multidão faminta, com a presença de Jesus, surgiria alguém disposto a entregar tudo o que possui para ajudar aquela gente? Em João 6: 8-9 diz: Então um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse: — Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos. Que desprendimento, que coisa linda, ver uma pessoa tão nova não apegada aos bens que possuía.

Aquele menino precisou abrir mão de algumas coisas para ver o milagre acontecer: abrir mão do egoísmo, abrir sua sacolinha e entregar tudo o que possuía que aos olhos de muitos seria pouco, mas para Jesus foi o suficiente para alimentar mais de cinco mil homens famintos.

 
Posted: 14 Jan 2012 03:00 AM PST
 
Pr. Altair Germano

Publiquei a frase acima no twitter e alguém me perguntou: "como isso pode ser possível numa igreja que adotou um modelo empresarial de gestão, onde pastores se tornaram executivos?". A resposta, apesar de parecer simplória, é aquela que entendo ser a menos utópica e mais condizente com um sistema onde não vejo a mínima possibilidade de mudança imediata.

Em primeiro lugar, discernindo a organização igreja (instituição) do organismo igreja (povo, comunidade). A atividade pastoral na atualidade se encontra muito dividida entre organização e organismo, onde na maioria dos casos o envolvimento com a organização (coisas) suplanta o cuidado com o organismo (povo, comunidade).

Em segundo lugar, delegando o cuidado das coisas da organização igreja (instituição) para os especialistas (administradores, contadores, advogados, funcionários em geral, etc), e as coisas do organismo igreja (povo, comunidade) para os portadores dos diversos dons e talentos concedidos e distribuídos pelo Espírito (diaconia, governos, etc.), e se voltando para o cotidiano pastoral (visita, aconselhamento, oração, ensino e pregação).

Se isso não acontecer, o povo continuará gemendo e sofrendo, além de no final sermos cobrado por aquele que nos vocacionou e comissionou para pastorear (socorrer, visitar, tratar, cuidar, alimentar, proteger, etc.) as suas ovelhas.

"Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas." (Jo 21.17)

"Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra." (At 6.3-4)





terça-feira, 10 de janeiro de 2012

charge

Notícias

Padre é afastado por usar a Bíblia nas missas

Em um país que já se acostumou a ver padres como Marcelo Rossi e Fábio de Melo atraírem multidões é de se estranhar que o sacerdote Luiz Augusto Ferreira da Silva, 51, da paróquia Sagrada Família em Goiânia seja punido por ser popular.
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